Dentre diversos estudos etimológicos, um deles foca na derivação da palavra Bonbogira, presente nos cultos angolo-congoloeses aos inquices. Na mitologia banto, esse inquice aparece como o lado feminino de Aluvaiá, Mavambo, o dono das encruzilhadas. Similar ao Exu iorubá e ao vodun Elegbará, da mitologia fon. É considerado um inquice ligado aos caminhos, encruzilhadas e comunicação.

Com o passar do tempo, a palavra pombogira se associou às entidades ligadas a essas características. O peso dos inquices se combinam com a representação do poder da mulher sobre si mesma. Dona dos caminhos e das estradas, pombogira se faz presente para dar voz às mulheres e relembrá-las a permissão para ocupar os espaços que tiverem vontade.

E aí? Qual situação marcante envolvendo uma pombogira já aconteceu com você?

📸 Imagem: @bendito_benedito

📍 Essa foto foi tirada no Centro de Umbanda Mística Oxum Apará (@cumoananet), em Salvador.

🎲 As malandras estão presentes na Umbanda há bastante tempo. Muitos afirmam que essa linha teve início com a apresentação de uma entidade denominada Maria Navalha e que, por ter um comportamento diferente das pombagiras, despertou o interesse dos adeptos da religião para descobrir de quem se tratava.

🌹 Assim como as pombogiras, elas também contribuem para que as mulheres se sintam independentes. A valorização da mulher é um ponto muito trabalhado por essas entidades, que insistem no discurso sobre a igualdade.

🛣️ Os pontos cantados para essas entidades enfatizam a força das mulheres que se utilizam da malandragem para conquistar os seus objetivos e lidar com as situações impostas pelas ruas, pela vida.

As malandras também estão bastante presentes no seu terreiro? O que você acha dessas incríveis entidades?

📸 Imagem: @bendito_benedito

📍 Essa foto foi tirada no Centro de Umbanda Mística Oxum Apará (@cumoananet), em Salvador.